"Fui educado num seminário que me fez acreditar que o ministério era essencialmente um assunto individual. Eu tinha uqe ser bem treinado e bem formado, e depois de anos de treinamento e formação, era considerado bem equipado para pregar, administrar, aconselhar e dirigir uma igreja.
Fizeram-me sentir como um homem numa caminhada muito longa com uma enorme mochila contendo todo o necessário para ajudar as pessoas que encontrasse pelo caminho. As peguntas teriam respostas, os problemas teriam soluções e as dores teriam remédios. era só ter certeza com qual dos três eu estava lidando.
Vivendo numa comunidade com pessoas tão feridas (deficiência mental), descobri que eu havia passado a maior parte da minha vida como trapezista, tentando caminhar nas alturas, numa corda bamba, para alcançar o outro lado, e sempre esperando por aplausos quando eu não caía.
A segunda tentação à qual Jesus foi exposto foi precisamente a tentação de fazer algo espetacular, algo que pudesse render-lhe grandes aplausos. "Atira-te do pináculo do templo e deixa que os anjos te segurem e te carreguem em seus braços". Mas Jesus recusou-se a ser um super-homem. Ele não veio para se mostrar. Ele não veio para caminhar sobre brasas incandescentes, para engolir fogo ou para colocar a sua mão na boca do leão para demonstrar o grande valor do que tinha a dizer.
Quando você olha a igreja de hoje, é fácil ver o predomínio do individualismo entre ministros e líderes.
Pode-se dizer que a maioria de nós se sente como um trapezista fracassado, que não tinha poder para atrair multidões, que não conseguia promover muitas conversões, não tinha o talento para criar belos programas, não era tão popular entre os jovens, os adultos ou os idosos como esperava, e que não era tão capaz de atender às necessidades do povo como queria.
Ao mesmo tempo, a maioria sente que deveria ter sido capaz de fazer tudo isto, e de fazê-lo com secesso. A ambição de ser uma estrela ou herói individual, que é tão comum na nossa sociedade competitiva, também não é um sentimento estranho na igreja. Lá também a imagem dominante é aquela do homem ou mulher que conseguiu o sucesso sem a ajuda de ninguém, ou daquele que pode fazer tudo sozinho.
O autor, Henri Nouwen, compreendeu que o caminho para subir é descer. Abandonou sua brilhante carreira de professor nas melhores universidades dos EUA (Notre Dame, Yale e Harward) para compartilhar sua vida com os necessitados, servindo numa comunidade para deficientes mentais em Toronto, Canadá." (livro: O Perfil do Líder Cristão do Século XXI - Editora ATOS).
Caro Lamarque... belo recomeço! O "individualismo" citado e acrescentado à vaidade se tornaram peças fundamentais do desvio de várias pessoas do Senhor Jesus e o maior dos mandamentos que é o amor. Os astros e estrelas desses shows devem nos fazer refletir sobre o que Jesus faria se ele estivesse entre nós como pessoa. A conclusão do ilustre professor deveria ser a mesma para todos nós. Somos o que somos e não o que "achamos" que temos. Abraços e que Deus lhe abençoe.
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